sábado, 10 de janeiro de 2015

O que quer dizer “Natal"?




O Luís naquele dia andava num alvoroço. Era a véspera de Natal e a árvore alusiva à data tinha sido decorada pelos pais e pela irmã mais velha, a Salomé. Todos se tinham divertido a colocar as bolinhas, os enfeites e as luzinhas.
Mas o que mais curiosidade provocava no Luís eram os embrulhos que a mãe ia acumulando sob a árvore.
- Mamã, eu também quero pôr os enfeites de Natal!
- Está bem, mas tem cuidado…
Enquanto ajudava ia perguntando ao pai:
- Papá, o que quer dizer “Natal”?
- Bem, “Natal” significa nascimento. Comemora-se o nascimento de Jesus. Nasceu há dois mil anos atrás.
- Foi alguém importante?
- Foi alguém que existiu e tinha uma grande consciência sobre o que são as injustiças e sobretudo foi o anunciador de uma mensagem para todos nós.
- Que mensagem?- perguntou o Luís interessado.
- Defendia a paz e a humanidade entre todos. Infelizmente a mensagem ainda não chegou a todos os corações. Ainda há muitos focos de guerra e injustiças no mundo em que vivemos. Algumas pessoas continuam a dar muita importância ao dinheiro e ao poder e esquecem a partilha e o amor.

Leonor


O Luís ficou a pensar no que o pai lhe dissera. Gostava muito das brincadeiras em casa quando os primos vinham visitá-los. Era uma oportunidade de fazerem uma grande algazarra em casa. Brincavam às escondidas e ocupavam-se também com jogos interessantes no computador.

Havia sempre muitos doces e coisas saborosas sobre a mesa e divertiam-se todos até altas horas. Os adultos tinham conversas sérias que não entendiam muito bem, por isso as crianças refugiavam-se no quarto do Luís para explorarem os novos brinquedos.

Manuel F.


Finalmente a árvore de natal estava pronta e o pai e a mãe pareciam satisfeitos. O Luís curioso pergunta então:
-Mãe, porque é que fazemos a árvore?
- Porque ela significa a vida. A vida é sempre importante e temos de ter uma atitude de respeito.  Simboliza também a paz, a alegria e a esperança. Mesmo para os povos antigos era um símbolo divino.
- Símbolo divino? - Parecia tentar entender o Luís.
- Sim. É a representação, a imagem que expressa a vida e o nascimento de tudo quanto existe, através da energia criadora. A árvore aparece sempre na vertical. Fica muito direita, como se quisesse unir a Terra que habitamos e o céu que fica bem lá no alto.
- É muito bonita pai. Gosto muito da árvore! – Respondeu o Luís.

                                     Inês

A mãe estava atenta à conversa e sugeriu:
- E que tal se fôssemos até à cidade para vermos os enfeites de Natal? Seria divertido!
O Luís saltou de alegria com a irmã mais velha, a Salomé. Iam passear na cidade à noite e o entusiasmo já se adivinhava.
Tinham apenas que vestir os casacos, pois convinha que estivessem bem quentinhos, porque a noite era muito fria, apesar da beleza da cidade que nesta época parece ter outra vivacidade.
Quando voltaram para casa era tarde e estavam todos muito cansados mas muito felizes.




Plano de discussão:  Natal

- Porque é que o pai natal traz presentes?  (Rodrigo)

- Porque é que o menino Jesus nasceu? (Maria)


- Quem é o pai natal? (Rita)


- Porque é que o menino Jesus não gosta de guerras? (Bruno)

- Porque é que temos que fazer a árvore de natal? (Carolina)


- Porque é que a mãe natal existe? (Beatriz C. )



- Porque é que o pai natal fica cansado de ir a todas as casas? (Manuel C. )


- Porque é que no natal fica tudo bonito por toda a cidade? (Inês)
- Porque é que a árvore de natal tem luzes? (Leonor)
- Porque é que no cimo da árvore temos que pôr a estrela? (Gabriel)
- Porque é que na cidade há muitas luzes no natal? (Miguel)
- Porque se pões bolas de natal na árvore? (Tiago)
- O que quer dizer natal?  (David)



Comunidade de investigação do B. E.










quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O olho da imaginação



O Zezinho estava muito feliz naquele fim-de-semana. O pai prometera levá-lo a uma exposição de pintura. Divertiam-se sempre juntos ao contemplarem as obras de arte. Algumas pinturas não se entendiam muito bem e o Zezinho ficava intrigado com as cores as formas e o significado de tudo aquilo. Começava sempre a imaginar o que seria que estava pintado.
- Papá, olha aquele quadro parece um campo com flores…
- A mim parece-me mais o céu com estrelas…- respondia divertido o pai.
- Vem ver este. – saltava de emoção o Zezinho - gosto daquele verde!
- Sim é bonito… responde o pai – parece um campo cheio de ervas…e além o mar… - apontando para uma mancha azul.

Foram contemplando a exposição até que o Zezinho pergunta:
- Papá aquele quadro ali é diferente…
- Sim é uma cópia, uma reprodução de um quadro muito importante de um pintor chamado Pablo Picasso…
-Mas não tem cores…
- Foi uma forma do artista que fez a pintura dizer que não gostava da guerra…Só utilizou o preto e o branco. - Explicou o pai.

O Zezinho ficou intrigado e triste ao mesmo tempo. Compreendeu então que a arte pode ser uma forma de expressão. Uma forma de dizer o que sentimos, do que gostamos e do que não gostamos.
- A forma deste artista pintar chama-se “estilo cubista” porque as formas são triangulares e quadradas.
- Muito esquisito… - desabafou o Zezinho
- Foi pintada em 1937 e é muito grande, como uma parece de uma sala de uma casa…
- E onde está a pintura verdadeira?
- Está num museu em Madrid…o que estamos a ver é apenas uma reprodução…

O Zezinho adorava entreter-se a fazer desenhos e a pintar com lápis. Era sempre muito divertido. Por isso as visitas a exposições de arte eram sempre bem acolhidas porque nas conversas ia aprendendo muito.
- Sabes Zezinho,  a arte de uma forma geral serve para várias coisas. Pode servir para o artista expressar o que sente mas também dar prazer a quem vê, ou levar as pessoas a pensar e a refletir sobre o que está a contemplar. Pode servir para informar do que se passou há muito tempo, ou até denunciar o que está mal ou é injusto.
O Zezinho não tirava os olhos da reprodução da pintura de Picasso com o nome Guernica que foi uma das cidades que sofreu com bombardeamentos de aviões alemães.
- O que aconteceu às pessoas que estavam nessa cidade?
- Ficaram feridas e outras morreram… Muito triste.
- Era bom que a guerra não voltasse mais… - sussurrou o Zezinho, agarrando o pai pela mão.

Os dois resolveram ir até ao jardim para darem uns chutos na bola no final da tarde. O dia tinha sido de muita aprendizagem e tinha chegado o momento da brincadeira e da risota.
Quando voltaram para casa ainda continuavam os dois muito bem-dispostos.


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O que vemos no quadro “Guernica” de Picasso?
(Opinião da comunidade de investigação, sobre o significado do quadro.)


- Vejo um touro e as pessoas estão a gritar. Também está lá um candeeiro.
Manuel Fortes

- Há um lobo que está a assustar as pessoas.
Gonçalo

- Os braços das pessoas estão caídos no chão.
Carolina

- As pessoas estão na guerra.
Margarida

- Estão a lutar e deitadas no chão porque estão mortas e têm os braços cortados. Está lá desenhado um olho.
Rita

- As pessoas estão na guerra e caíram para o chão.
Beatriz

- O lobo e o monstro estão a assustar as pessoas e elas morreram.
Caetano

- Está lá uma luz que faz mal aos olhos. As pessoas não podem olhar.
Miguel

sábado, 8 de novembro de 2014

O que significa dar exemplos?



A Luísa naquele dia não tinha ido para o colégio. Era sábado.
 Adorava ficar em casa ao fim de semana porque podia brincar com os primos mais velhos, o Duarte e a Marisa.
 A mãe da Luísa resolvera fazer um almoço para toda a família e por isso resolveu ir ao mercado para comprar alimentos. Para que se não esquecesse a mãe escreveu numa folha de papel, uma lista de produtos que necessitava comprar: Batatas, arroz, peixe, carne, vegetais, fruta e bebidas. Ia comprar também um ramo de flores para colocar no centro da mesa.
Já no mercado, a Luísa ficou radiante com as cores e os cheiros. Perguntou à mãe apontando para uma bancada de venda:
- Mãe, o que é aquilo ali?
-É um fruto muito saboroso. Chama-se manga.
A Luísa apercebeu-se que havia muitos frutos bonitos que nem sabia o nome, mas reconheceu as laranjas, as maçãs, as pêras, o melão, as uvas.
A mãe lembrou-se de fazer um jogo em que a Luísa teria de dar mais exemplos de frutas, para além das que via no mercado. Pensou e disse sorridente:
- Cenoura!?...
- Não Luísa, a cenoura não é fruta! Tem outro nome. Sabes qual é?
A Luísa parou para pensar. Tinha só quatro anos e estava agora a aprender a distinguir os objetos e a agrupá-los pelos nomes. Luísa ficou muda. A sua boca não se abriu. A mãe resolve ajudá-la:
- A cenoura é um vegetal! Tu comes muitos vegetais na sopa. Queres dar exemplos de vegetais?

A Luísa pôs-se a olhar para a bancada dos vegetais, pois a mãe preparava-se para comprar alguns para a refeição.
- Já sei!...- E apontando disse -Estou a ver couves, feijão-verde e alface.
- Muito bem – disse a mãe – Já deste exemplos de vegetais!
A Luísa resolveu desafiar a mãe:
- Agora quero que tu me dês exemplos de flores!
A mãe riu. Estava a ser divertido ir fazer compras com a Luísa.
-Muito bem! Olha, estão ali malmequeres, rosas, tulipas, cravos, margaridas… hummm não sei que flores levar para enfeitar a mesa!
- As rosas são bonitas! Vamos levar rosas! - Sorriu a Luísa satisfeita.
-Agora vamos comprar peixe! – disse a mãe- e continuou o jogo – dá-me um exemplo de peixe!
- Pescada…-  Respondeu a Luísa
-Muito bem! Apoiou a mãe. Luísa questionou :
- Agora diz tu exemplos de carne!
- Humm… peru, frango, vitela…

Luísa e a mãe passaram um tempo muito divertido no mercado. E a mãe explicou:
-Sabes Luísa, devemos saber dar exemplos quando falamos com alguém. Assim explicamos melhor o que queremos dizer e os outros compreendem-nos melhor.

Em casa o almoço ficou muito saboroso e a seguir a Luísa e os primos foram brincar. Resolveram brincar às escondidas. Mas depois por sugestão do primo Duarte iriam todos fazer um puzzle. Afinal havia vários tipos de brincadeiras que todos gostavam de praticar.



Plano de aula
Motivação
Introdução do conceito “exemplo”
Objetivos
Saber utilizar técnicas de argumentação. Saber dar e explicar exemplos
Tarefas e materiais
 História
Cartão dos exemplos
Objetos variados (Várias frutas, vários brinquedos)
Organização e dinamização
- Leitura da história
- Jogo dos exemplos (as crianças diferenciam dois grupos de objetos):
Os que são comestíveis e os que não são comestíveis.
- Apresentam razões para que as frutas,  sejam comestíveis.
- Apresentam razões para que os brinquedos não sejam para comer.
- Registo das respostas justificativas diferenciando “comestível” de  “não comestível”



Registo das razões da comunidade de investigação ( quatro e cinco anos):

Objetos não comestíveis:

Não comemos brinquedos. (Gonçalo)
As coisas de plástico fazem mal à saúde. (Manuel Chaves)
Fazem mal aos dentes. (Rita)
Não se podem comer carros. (Beatriz)
Não se podem comer pneus porque têm ar. (Gabriel)
Os brinquedos só servem para brincar. (Caique)
Se comprarmos muitos brinquedos não temos dinheiro para a comida. (Gabriel)



Objetos comestíveis

Fazem bem à saúde. (Rita)
Servem para crescermos. (Manuel Fortes)
Comemos maçãs e bananas. (Gonçalo)
A fruta faz bem.  (Gonçalo)
Os alimentos são bons para ficarmos fortes. (Manuel Chaves)
As pastilhas fazem mal aos dentes. (Manuel Fortes)
Podem-se comer doces. (Caique)
Os doces fazem dor de barriga. ( Rodrigo)
Se comermos só doces ficamos fraquinhos. ( Gonçalo)
Não podemos beber vinho porque ficamos bêbados. (Manuel  Chaves)




sábado, 11 de outubro de 2014

A chegada do Outono



A mãe do Pedro resolveu ir até ao parque para que pudessem desfrutar do lago onde nadavam constantemente as mamãs patas com os seus filhotes patinhos.
O Pedro levava sempre dentro de um saquito, bocados de pão para dar aos patos e aos pombos que corriam para junto dele para se deliciarem com aqueles tesouros tão saborosos.
De repente começou a soprar um vento que parecia zangado porque fazia uns zumbidos estranhos que o Pedro nunca antes se apercebera.
Perguntou à mãe:
- Mamã porque é que o vento faz tanto barulho?
-Porque vem aí o Outono. É a estação do ano em que começa a aparecer o frio. – Respondeu a mãe.
- Os patos não têm frio? – Interrogou o Pedro
-Não, os animais estão protegidos pelas penas ou pelos como os gatos e os cães. – Informou a mãe.

O Pedro reparou que as folhas se agitavam e caiam das árvores, enchendo o chão com um tapete muito bonito. Fascinado apanhou duas ou três folhas e foi mostrá-las à mãe.
- São bonitas estas folhas mamã…
-Podes fazer uma colagem com elas para o teu desenho sobre o Outono.- Sugeriu a mãe.

O Pedro sentiu então uns pingos de chuva no rosto.
- Mamã, está a chover! – Exclamou.
- Temos de ir já para casa!…- Disse a mãe preocupada.
- Já não podemos ir à praia… - Lamentou-se o Pedro de cabeça baixa.

O Pedro ficou triste. Ele gostava de ir chapinhar na água e brincar na areia.
- Mamã, porque é que cai água do céu?- Lembrou-se de perguntar.
A mãe tentou explicar que a água se formava no céu através de um processo de condensação e depois formava as nuvens bonitas que vemos lá no alto.
- É como um truque de magia. – Disse o Pedro. - Primeiro não há nada e depois aparecem coisas.
- Sim Pedro, a natureza está repleta de magia. – Acrescentou a mãe.
- O Outono traz coisas novas. – Comentou o Pedro interessado. – Até vestimos outras roupas e calçamos botas para não molharmos os pés.
- Temos que nos agasalhar melhor pois começa a ficar mais frio e podemos constipar-nos e ficarmos doentes. – Respondeu a mãe.
- E também começa a escola. Podemos brincar com os amigos e é muito divertido.

O Pedro chegou a casa e começou a desenhar a árvore do Outono com as folhas a cair. Orgulhoso foi mostrar à mãe que ficou radiante com o desenho em tons de castanho, laranja e amarelo.


Pedro continuou a pensar que afinal o Outono poderia ser muito interessante, divertido e de descobertas mágicas.


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Plano de discussão:

Porque é que o vento sopra e caem as folhas?
Inês

Porque é que as pessoas se constipam?
David

O Pedro gosta de jogar à bola?
Miguel

Porque é que chove?
Leonor

Porque é que os patos nadam na água?
Gabriel

Porque é que os patos voam?
Beatriz Coelho

Porque é que as tartarugas nadam?
Gonçalo

Porque é que os peixinhos não conseguem sair da água?
Rafael

Porque é que o Pedro foi ao lago dar comida aos patinhos?
Bruno

Porque é que os peixinhos têm de viver dentro de água?
Vasco

Porque é que o sol desce e a lua sobe?
Margarida

Porque é que as folhas caem das árvores?
Rita

Porque é que as pessoas pisam as folhas?
Carolina

Porque é que as tartarugas têm de viver dentro de água?
Beatriz 

Porque é que os meninos escorregam no escorrega?
Rodrigo


( Comunidade de investigação) 


sábado, 18 de maio de 2013

O polícia



O senhor Jacinto tinha uma profissão em que usava uma farda que impressionava o Pedro. Colocava sempre um boné com uma pala e uma estrela prateada em metal. Ficava sempre curioso com aquele uniforme azul com um casaco de botões reluzentes e um crachá no bolso. Mas o que mais intrigava o Pedro era o cinto especial que o senhor Jacinto, o polícia, tinha na cintura. No lado esquerdo, um cassetete, e do lado direito uma pistola. Coisa assustadora! E tinha também umas argolas,  que não sabia para que serviam.

Um dia a mãe do Pedro foi ao supermercado da zona e levou-o. O Pedro adorava ir às compras com a mãe. Nas prateleiras havia coisas boas de que ele gostava: iogurtes, bolachas, sumos. Às vezes passavam pela zona das frutas onde havia uma variedade de delícias como laranjas, melões, maçãs, uvas. A mãe acabava por trazer fruta que ele adorava como melão e uvas.
Ficou um pouco surpreendido quando viu o senhor Jacinto no supermercado e a mãe dirigir-se a ele:
- Olá como está? – Cumprimentou a mãe.
- Bem obrigado. Também anda nas compras?
- Tem de ser…

O Pedro observou o senhor Jacinto de alto a baixo. Naquele dia não estava vestido de polícia. Andava também meramente às compras. O Pedro perguntou então à mãe:
- Para que servem as argolas que o senhor Jacinto tem quando está vestido de polícia?
O senhor Jacinto interveio considerando que tinha que dar uma explicação simples e compreensível para o Pedro.
- As argolas chamam-se algemas e servem para prender as pessoas que transgridem as leis.
- O que é transgredir? – Perguntou o Pedro.
- É fazer coisas que não estão corretas como roubar ou magoar alguém. – Interveio a mãe.
- Compreendo mamã. Então o senhor polícia é bom?
-Claro Pedro. Ele pode prender as pessoas que não se portem bem e que sejam maus para os outros…
- Eu pensava que o senhor polícia é que era mau…
O senhor Jacinto ouviu a conversa entre a mãe e o Pedro e acrescentou:
- Sabes, as pessoas nem sempre cumprem as regras da sociedade. Por vezes há algumas que por vários motivos roubam objetos de que precisam.
- O que é um motivo? – Questiona o Pedro.
- É a necessidade o porquê, que leva as pessoas a fazerem as coisas e praticar atos menos bons. – Disse o senhor Jacinto.
- Então por que razão as pessoas roubam?
- Nos supermercados algumas pessoas roubam porque têm fome… - Responde o senhor Jacinto.
- É muito triste mamã…
- É sim Pedro…
A mãe do Pedro despediu-se do senhor Jacinto e o Pedro compreendeu que a profissão de agente da polícia era muito complicado e ficou a pensar que quando fosse grande e crescido escolheria outra profissão.



As profissões que gostaríamos de ter:





Piloto de helicóptero







Professora de ballet (porque gosto de ensinar) 





Professor de ginástica




Dentista



Médico



Enfermeira

Piloto de carros



Professor de Karaté 













PLANO DE DISCUSSÃO:

Por que é que o senhor Jacinto usava armas?
Por que é que usava as argolas para prender os maus?
Para que existem muitas profissões?
Porque existe a farda?
Para que servia o cinto especial?
Por que é que o enfermeiro trata das pessoas?
O veterinário ajuda os animais?
Para que serve a estrela que o polícia tem na farda?
Por que é que o polícia usa chapéu?
Para que serve o cassetete?


O QUE É TRANSGREDIR:

É quando o ladrão está a estragar tudo.

É roubar coisas às pessoas e depois vão parar à prisão.

É invadir a lei.

É ir contra a lei.


MOTIVOS PARA "PORTAR BEM":

Não ficamos de castigo.

O polícia não leva para a prisão.

A mãe dá-nos doces.

A mãe dá-nos brinquedos.

Temos surpresas boas.

Podemos ir às festas.


(Comunidade de investigação do B.E.)


domingo, 5 de maio de 2013

MEDO DO ESCURO



O domingo tinha sido muito agradável para a Alice. Foram todos passar o fim-de-semana a casa dos avós e como sempre divertiram-se imenso. Os avós tinham uma pequena quinta com animais. A Alice ficava radiante sempre que podia estar junto dos pintainhos, dos patinhos e dos coelhos e também do cão, um “serra da estrela” enorme e simpático que entrava animado nas brincadeiras da Alice.




Chegados de volta a casa, depois de dar um banho à Alice, a mãe disse-lhe:
- Tens de ir já para a caminha! Os papás amanhã vão trabalhar e tens de te levantar cedo para ires para o infantário.
- Mas mamã… não quero ir para o quarto… - lamentou-se.
- Mas porquê Alice? Deves estar muito cansada! Andaste todo o fim-de-semana a correr atrás dos patinhos…
- Foi muito divertido. Gosto muito de ir visitar os avós. Mas não gosto muito de dormir sozinha no meu quarto. Respondeu.
- Mas porquê Alice?
-Tenho medo quando a mãe apaga a luz…
- Mas Alice, quando vamos dormir, podemos apagar as luzes. Tens um pequeno candeeiro que podes ligar. Tu sabes! – Tentou acalmá-la a mãe.
- Sim mamã, mas enquanto não adormeço, fico com receio do escuro…
- Não fiques! Abraçou-a a mãe. – A mamã e o papá estão no quarto ao lado. Estamos sempre perto de ti. Se precisares de alguma coisa chamas a mãe, que vou ter contigo.





A Alice fez um esforço, deu um beijinho de “boa noite” aos papás e meteu-se bem aconchegada entre os cobertores fofinhos.

 As crianças costumam ter medo. É natural. A mãe explicou-lhe então:
- Sabes Alice, é normal termos medo do que desconhecemos. O quarto fica escuro, mas continua a ser o teu quarto, com os brinquedos de que mais gostas…
- Sim mamã eu sei…
- Sabes que os adultos também têm medos?
- Sério mamã?
- Claro, todos nós temos receios. A mamã por exemplo tem receio que te possas magoar… O papá tem receio dos acidentes que possam acontecer sem ele esperar, quando conduz.



A Alice compreendeu que sentir medo, faz parte de ser pessoa e lembrou-se:
-Sabes mamã, a avó disse-me que tem medo de andar de avião…
- Sim Alice… há pessoas que têm medo de andar de avião. Ficam apavoradas só de pensar que o avião pode cair.
A Alice continuou :
- O avô diz que não gosta de elevadores. Porquê mamã?
- Existem pessoas que não gostam de elevadores porque lhes faz confusão permanecerem em espaços muito fechados ou de pouca dimensão. Ficam com falta de ar e outros sintomas desagradáveis.

A Alice ponderou então no que a mãe lhe dissera e pensou que o seu medo do escuro não a ia impedir que dormisse na sua cama.

- Sabes Alice, sentir medo alerta-nos para o perigo que possa haver e assim evitamos magoar-nos. Ter medo de atravessar a rua por exemplo alerta-nos para o cuidado que devemos ter. Temos que atravessar só na passadeira e só quando os carros de ambos os sentidos tiverem parado.
- Compreendo mamã, o medo também pode ser nosso amigo.

A Alice nessa noite deixou de ter medo do escuro. Sabia que os pais estavam por perto e aquele medo era apenas fruto da sua imaginação, criando coisas que não existem.

E que bem que se dormia na caminha da Alice. Muito confortável e quentinha, agarrada ao ursinho de peluche, que os tios lhe deram pelos anos.





PLANO DE DISCUSSÃO :  MEDO


  • Por que é que a avó tinha medo de aviões?
  • A Alice tinha medo do escuro porquê?
  • Os aviões são perigosos?
  • Os elevadores também são perigosos?
  • Por que é que há acidentes?
  • A Alice gostava de brincar com os pintainhos porquê?
  • Por que é que a Alice andava a correr atrás dos patos?
  • Por que razão temos às vezes medo do escuro e dos nossos pensamentos?
  • Por que razão o avô da Alice tinha medo do elevador?





Afirmações:


  • Eu não tenho medo do escuro.
  • Eu gosto de andar de avião.
  • Tenho medo do escuro.
  • A minha mãe apaga a luz e eu quero a luz acesa.
  • Não consigo dormir com medo.
  • Brinco na minha cama e a seguir vou dormir
  • Tenho medo das sombras.
  • Tenho medo dos bichos.
  • A Alice estava feliz com os animais.
  • Gostei que a avó da Alice tivesse medo de aviões.
  • Gostei da quinta dos avós.