A Luísa naquele dia não tinha ido para o colégio. Era sábado.
Adorava ficar em casa
ao fim de semana porque podia brincar com os primos mais velhos, o Duarte e a
Marisa.
A mãe da Luísa
resolvera fazer um almoço para toda a família e por isso resolveu ir ao mercado
para comprar alimentos. Para que se não esquecesse a mãe escreveu numa folha de
papel, uma lista de produtos que necessitava comprar: Batatas, arroz, peixe,
carne, vegetais, fruta e bebidas. Ia comprar também um ramo de flores para
colocar no centro da mesa.
Já no mercado, a Luísa ficou radiante com as cores e os
cheiros. Perguntou à mãe apontando para uma bancada de venda:
- Mãe, o que é aquilo ali?
-É um fruto muito saboroso. Chama-se manga.
A Luísa apercebeu-se que havia muitos frutos bonitos que nem
sabia o nome, mas reconheceu as laranjas, as maçãs, as pêras, o melão, as uvas.
A mãe lembrou-se de fazer um jogo em que a Luísa teria de dar
mais exemplos de frutas, para além das que via no mercado. Pensou e disse
sorridente:
- Cenoura!?...
- Não Luísa, a cenoura não é fruta! Tem outro nome. Sabes
qual é?
A Luísa parou para pensar. Tinha só quatro anos e estava
agora a aprender a distinguir os objetos e a agrupá-los pelos nomes. Luísa
ficou muda. A sua boca não se abriu. A mãe resolve ajudá-la:
- A cenoura é um vegetal! Tu comes muitos vegetais na sopa.
Queres dar exemplos de vegetais?
A Luísa pôs-se a olhar para a bancada dos vegetais, pois a
mãe preparava-se para comprar alguns para a refeição.
- Já sei!...- E apontando disse -Estou a ver couves,
feijão-verde e alface.
- Muito bem – disse a mãe – Já deste exemplos de vegetais!
A Luísa resolveu desafiar a mãe:
- Agora quero que tu me dês exemplos de flores!
A mãe riu. Estava a ser divertido ir fazer compras com a
Luísa.
-Muito bem! Olha, estão ali malmequeres, rosas, tulipas,
cravos, margaridas… hummm não sei que flores levar para enfeitar a mesa!
- As rosas são bonitas! Vamos levar rosas! - Sorriu a Luísa
satisfeita.
-Agora vamos comprar peixe! – disse a mãe- e continuou o jogo
– dá-me um exemplo de peixe!
- Pescada…- Respondeu
a Luísa
-Muito bem! Apoiou a mãe. Luísa questionou :
- Agora diz tu exemplos de carne!
- Humm… peru, frango, vitela…
Luísa e a mãe passaram um tempo muito divertido no mercado. E
a mãe explicou:
-Sabes Luísa, devemos saber dar exemplos quando falamos com
alguém. Assim explicamos melhor o que queremos dizer e os outros
compreendem-nos melhor.
Em casa o almoço ficou muito saboroso e a seguir a Luísa e os
primos foram brincar. Resolveram brincar às escondidas. Mas depois por sugestão
do primo Duarte iriam todos fazer um puzzle. Afinal havia vários tipos de
brincadeiras que todos gostavam de praticar.
Plano de aula
Motivação
Introdução do
conceito “exemplo”
Objetivos
Saber
utilizar técnicas de argumentação. Saber dar e explicar exemplos
Tarefas e materiais
História
Cartão dos
exemplos
Objetos
variados (Várias frutas, vários brinquedos)
Organização e dinamização
- Leitura da
história
- Jogo dos
exemplos (as crianças diferenciam dois grupos de objetos):
Os que são
comestíveis e os que não são comestíveis.
- Apresentam
razões para que as frutas, sejam
comestíveis.
- Apresentam
razões para que os brinquedos não sejam para comer.
- Registo
das respostas justificativas diferenciando “comestível” de “não comestível”
Registo
das razões da comunidade de investigação ( quatro e cinco anos):
Objetos não
comestíveis:
Não comemos
brinquedos. (Gonçalo)
As coisas de
plástico fazem mal à saúde. (Manuel Chaves)
Fazem mal
aos dentes. (Rita)
Não se podem
comer carros. (Beatriz)
Não se podem
comer pneus porque têm ar. (Gabriel)
Os
brinquedos só servem para brincar. (Caique)
Se
comprarmos muitos brinquedos não temos dinheiro para a comida. (Gabriel)
Objetos comestíveis
Fazem bem à
saúde. (Rita)
Servem para
crescermos. (Manuel Fortes)
Comemos
maçãs e bananas. (Gonçalo)
A fruta faz
bem. (Gonçalo)
Os alimentos
são bons para ficarmos fortes. (Manuel Chaves)
As pastilhas
fazem mal aos dentes. (Manuel Fortes)
Podem-se
comer doces. (Caique)
Os doces
fazem dor de barriga. ( Rodrigo)
Se comermos
só doces ficamos fraquinhos. ( Gonçalo)
Não podemos
beber vinho porque ficamos bêbados. (Manuel
Chaves)
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