sábado, 8 de novembro de 2014

O que significa dar exemplos?



A Luísa naquele dia não tinha ido para o colégio. Era sábado.
 Adorava ficar em casa ao fim de semana porque podia brincar com os primos mais velhos, o Duarte e a Marisa.
 A mãe da Luísa resolvera fazer um almoço para toda a família e por isso resolveu ir ao mercado para comprar alimentos. Para que se não esquecesse a mãe escreveu numa folha de papel, uma lista de produtos que necessitava comprar: Batatas, arroz, peixe, carne, vegetais, fruta e bebidas. Ia comprar também um ramo de flores para colocar no centro da mesa.
Já no mercado, a Luísa ficou radiante com as cores e os cheiros. Perguntou à mãe apontando para uma bancada de venda:
- Mãe, o que é aquilo ali?
-É um fruto muito saboroso. Chama-se manga.
A Luísa apercebeu-se que havia muitos frutos bonitos que nem sabia o nome, mas reconheceu as laranjas, as maçãs, as pêras, o melão, as uvas.
A mãe lembrou-se de fazer um jogo em que a Luísa teria de dar mais exemplos de frutas, para além das que via no mercado. Pensou e disse sorridente:
- Cenoura!?...
- Não Luísa, a cenoura não é fruta! Tem outro nome. Sabes qual é?
A Luísa parou para pensar. Tinha só quatro anos e estava agora a aprender a distinguir os objetos e a agrupá-los pelos nomes. Luísa ficou muda. A sua boca não se abriu. A mãe resolve ajudá-la:
- A cenoura é um vegetal! Tu comes muitos vegetais na sopa. Queres dar exemplos de vegetais?

A Luísa pôs-se a olhar para a bancada dos vegetais, pois a mãe preparava-se para comprar alguns para a refeição.
- Já sei!...- E apontando disse -Estou a ver couves, feijão-verde e alface.
- Muito bem – disse a mãe – Já deste exemplos de vegetais!
A Luísa resolveu desafiar a mãe:
- Agora quero que tu me dês exemplos de flores!
A mãe riu. Estava a ser divertido ir fazer compras com a Luísa.
-Muito bem! Olha, estão ali malmequeres, rosas, tulipas, cravos, margaridas… hummm não sei que flores levar para enfeitar a mesa!
- As rosas são bonitas! Vamos levar rosas! - Sorriu a Luísa satisfeita.
-Agora vamos comprar peixe! – disse a mãe- e continuou o jogo – dá-me um exemplo de peixe!
- Pescada…-  Respondeu a Luísa
-Muito bem! Apoiou a mãe. Luísa questionou :
- Agora diz tu exemplos de carne!
- Humm… peru, frango, vitela…

Luísa e a mãe passaram um tempo muito divertido no mercado. E a mãe explicou:
-Sabes Luísa, devemos saber dar exemplos quando falamos com alguém. Assim explicamos melhor o que queremos dizer e os outros compreendem-nos melhor.

Em casa o almoço ficou muito saboroso e a seguir a Luísa e os primos foram brincar. Resolveram brincar às escondidas. Mas depois por sugestão do primo Duarte iriam todos fazer um puzzle. Afinal havia vários tipos de brincadeiras que todos gostavam de praticar.



Plano de aula
Motivação
Introdução do conceito “exemplo”
Objetivos
Saber utilizar técnicas de argumentação. Saber dar e explicar exemplos
Tarefas e materiais
 História
Cartão dos exemplos
Objetos variados (Várias frutas, vários brinquedos)
Organização e dinamização
- Leitura da história
- Jogo dos exemplos (as crianças diferenciam dois grupos de objetos):
Os que são comestíveis e os que não são comestíveis.
- Apresentam razões para que as frutas,  sejam comestíveis.
- Apresentam razões para que os brinquedos não sejam para comer.
- Registo das respostas justificativas diferenciando “comestível” de  “não comestível”



Registo das razões da comunidade de investigação ( quatro e cinco anos):

Objetos não comestíveis:

Não comemos brinquedos. (Gonçalo)
As coisas de plástico fazem mal à saúde. (Manuel Chaves)
Fazem mal aos dentes. (Rita)
Não se podem comer carros. (Beatriz)
Não se podem comer pneus porque têm ar. (Gabriel)
Os brinquedos só servem para brincar. (Caique)
Se comprarmos muitos brinquedos não temos dinheiro para a comida. (Gabriel)



Objetos comestíveis

Fazem bem à saúde. (Rita)
Servem para crescermos. (Manuel Fortes)
Comemos maçãs e bananas. (Gonçalo)
A fruta faz bem.  (Gonçalo)
Os alimentos são bons para ficarmos fortes. (Manuel Chaves)
As pastilhas fazem mal aos dentes. (Manuel Fortes)
Podem-se comer doces. (Caique)
Os doces fazem dor de barriga. ( Rodrigo)
Se comermos só doces ficamos fraquinhos. ( Gonçalo)
Não podemos beber vinho porque ficamos bêbados. (Manuel  Chaves)




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